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#EducaçãoDisruptiva

Conheça os fatores fundamentais para a evolução do consumo

O volume de consumo nos dias de hoje é muito amplo frente às décadas mais distantes do século 20. Mas, você já parou para pensar como se deu este processo evolutivo do consumo?

As mudanças sociais e econômicas são fortes protagonistas desse cenário, junto com alguns eventos históricos que mudaram a realidade do planeta, como as Grandes Guerras Mundiais.

Porém, não foram apenas os acontecimentos históricos que fizeram com que houvesse grandes transformações. As próprias empresas são responsáveis, mesmo que não totalmente, pelas alterações na forma de consumir.

Entre algumas mudanças, podemos citar:

  • A evolução das marcas;
  • O advento da publicidade e do marketing;
  • A democratização dos meios de comunicação;
  • A forma como as empresas passaram a se posicionar junto aos clientes.


No texto de hoje, nosso foco será apresentar a evolução do consumo até chegar ao patamar dos dias de hoje. Ao longo do conteúdo, vamos mostrar como as mudanças socioeconômicas contribuíram para alterar o modelo de consumo das pessoas e como as empresas se posicionaram dentro desse contexto.

Boa leitura!


O impacto das guerras sobre o comportamento do consumidor


Até a primeira metade do século 20, o mundo vivenciou duas grandes guerras mundiais. Se a Primeira Guerra já deixou muita gente extasiada com o poder destrutivo do combate bélico, a Segunda serviu para sacramentar a teoria de que os homens possuem um arsenal capaz de mudar a rota do planeta.

A Primeira Guerra surgiu pelos conflitos existentes no sistema político vigente, já a Segunda foi consequência da inabilidade política para sanar pequenos conflitos locais, que foram se aglutinando e tomando proporções mais amplas.

Mas como um conflito tão intenso e arrasador foi capaz de iniciar uma evolução nas formas de consumo? Pelo simples fato de que guerra não traz apenas sofrimento e destruição, ela traz muito dinheiro para os vencedores. Nesse caso, os Estados Unidos foram os principais beneficiados.


A explosão econômica nos Estados Unidos


Com a guerra, a economia norte-americana deu salto de produtividade significativo. As exportações do país se ampliaram de 5 bilhões de dólares em 1941 para 14,5 bilhões em 1944, penúltimo ano da segunda guerra.

Ainda em 1944, antes mesmo do final do conflito, foi realizada a Conferência de Bretton Woods, que reuniu 700 representantes de nações para discutir uma nova ordem econômica em todo o globo. O foco era reconstruir o capitalismo e estabelecer regras financeiras e comerciais para evitar desgastes políticos e crises econômicas, como a ocorrida no próprio EUA em 1929.

Em Bretton Woods foram desenvolvidas instituições mundiais para auxiliar os países em sua retomada econômica, dentre elas o FMI e o Banco Mundial. Ambas as instituições tinham como foco auxiliar na regulação econômica e facilitar o comércio exterior, estabelecendo o dólar como moeda forte do mundo.

Com o fim da guerra, veio o Plano Marshall, focado na recuperação econômica e social da Europa ocidental. Grande parte dos recursos eram norte-americanos, e junto com o dinheiro veio também o famoso American Way of Life.

Apesar de ter sido atingido em Pearl Harbor, os Estados Unidos passou quase incólume pelas duas guerras. Nenhuma cidade arrasada, nenhuma necessidade de reconstrução. Soma-se à essa facilidade o fato de que a atividade industrial crescia de vento em popa, sendo que em 1956 estima-se que haviam mais profissionais “engravatados” em todo o país do que artesãos, homens do campo e trabalhadores braçais.

As mudanças da sociedade americana, empurradas por bons níveis educacionais e pelo estabelecimento dos EUA como grande economia do mundo, geraram influência. A própria produção cultural da época auxiliava a propagar a imagem da família bem-sucedida, com carro, televisão e eletrodomésticos.

Começava a surgir com mais força a influência cultural como estimulante de consumo, algo que transformaria totalmente os conceitos de publicidade em todo o mundo.

Vale ressaltar que essa influência americana não era algo feito involuntariamente. Os Estados Unidos, como parte de seu plano de combate ao comunismo, criava uma política e boa vizinhança com seus aliados para que fosse possível fortalecer o capitalismo como sistema econômico vigente.


E as empresas no meio disso tudo?


Durante e depois da Guerra, as mudanças sociais que impulsionavam os Estados Unidos resultaram em um mercado interno forte e consolidado. E o que ocorre quando há um país com um modelo de prosperidade? Influência.

A partir dos moldes desenvolvimentistas americanos, começam a surgir em todo o mundo algumas “réplicas”. Por exemplo:


  • Supermercados, ideia norte americana que começa a se consolidar em todo o mundo a partir das décadas de 30 e 40;
  • Shopping Centers, os grandes centros de consumismo.


É perceptível o movimento de influência dos americanos com base no consumo. E as empresas norte-americanas, cada vez mais prósperas, iniciam ou retomam seu processo de expansão além das fronteiras.

Corporações norte-americanas sabiam que a vitória das forças armadas na Segunda Guerra era fundamental para sua soberania. Portanto, algumas marcas passaram a associar seus produtos aos soldados, considerados benfeitores que chegavam à Europa para dizimar o nazismo.

Quem mais se aproveitou desse fenômeno foi a Coca-Cola. A empresa se tornou uma das maiores propagadoras do American Way of Life, inclusive no Velho Continente, onde iniciou seu plano de expansão dos negócios. Outras corporações americanas lucraram com o domínio americano, dentre elas a Ford e a General Electric.

A prosperidade econômica da América dava embasamento e verba para que as empresas partissem rumo a novos desafios. Porém, carregando consigo o novo modelo de consumo do American Way of Life.


Desenvolvimento organizacional


Junto da prosperidade do mundo pós-guerra veio a ascensão da educação executiva e os novos modelos de comércio ao redor do planeta. Com isso, as empresas começam a desenvolver um novo modo de pensar sua atividade e protagonismo.

Deixaram de ter foco único e exclusivo sobre a administração dos resultados e passaram a avaliar aspectos sociais e psicológicos, além de seus impactos sobre a atividade empresarial.

Surge então o conceito de desenvolvimento organizacional. Ele tem foco na compreensão dos ambientes internos e externos para que, com base em conhecimentos adquiridos, seja possível mudar comportamentos, padrões, valores e atitudes profissionais. Tudo com a finalidade de vivenciar o contexto social do momento e manter-se no topo, em um mundo que vivencia constantes mutações sociais, econômicas e tecnológicas.

As empresas precisam conviver bem com a sociedade em que se encontram e demandam atualização para mudar conforme o mundo progride. Tudo isso ajuda a fomentar as relações de consumo, que hoje são muito mais baseadas no conhecimento, no conteúdo e na comunicação entre empresa e cliente.


Além disso, as mudanças sociais tiraram o consumidor de um papel passivo, colocando-o como um participante ativo. Se antes as empresas é que vendiam seus produtos para as pessoas, hoje, são as pessoas que procuram as empresas para comprar.


Parece apenas uma mudança na lógica da frase, contudo, a realidade é bem mais profunda e envolve a transformação do posicionamento empresarial para que ele auxilie no fomento do consumo.


Proatividade, essa é a palavra que rege o Desenvolvimento Organizacional. A proposta é criar uma empresa que se adapta rapidamente às mudanças e que se prepara para encarar o futuro.


O comportamento do consumidor no centro das discussões


Fazendo uma breve retrospectiva deste texto, veremos que o contexto sócio-histórico somado às novas perspectivas corporativas foram peças-chave para as mudanças no modelo de consumo. Resta agora voltar nossos olhos para a última e mais importante peça desse quebra-cabeça, o consumidor.

Racionalizar as motivações do consumo é algo bem complexo dado a diversidade de pensamentos e influências que cada pessoa carrega consigo. Economistas como Herbert Simon questionaram o poder das decisões, indicando que quando se trata de uma negociação, fatores humanos são colocados em jogo junto com os fatores econômicos.

Em sua teoria, apesar de mais focada nas decisões corporativas do que de consumo, Hebert questionou o poder do raciocínio e das emoções sobre as pessoas no momento de decidir. Isso abriu portas para discussões mais amplas sobre a forma como as marcas podem influenciar nas decisões do consumidor.

Profissionais da Economia, do Marketing e das Ciências Sociais passaram a questionar como aspectos comportamentais e psicológicos afetam as relações de consumo. Os Americanos Festinger e Katz estudaram como as atitudes individuais são formadas e transformadas sob a influência da sociedade ou de líderes de opinião, elencando quais são as pessoas mais suscetíveis.

Já o Behaviorismo, que tem como um dos principais pensadores Frederic Skinner, encarou o comportamento humano em uma estrutura de estímulo e resposta. Diante dessa teoria, o grande desafio das marcas seria encontrar a fórmula mais eficiente para gerar o estímulo que leva ao consumo.

A teoria comportamental mudou os rumos da publicidade e do marketing. A antiga estratégia de fazer propagandas descrevendo seus produtos deu lugar ao estímulo de consumo, o despertar de sentimentos que conduzem uma pessoa até a compra.

Contudo, vale lembrar que o Behaviorismo não é uma ciência exata, sendo incapaz de desvendar com precisão quais são os verdadeiros motivos que levam a ação de consumir.


Outros fatores que influenciaram a mudança no modelo de consumo


O mais importante para compreender a evolução do consumo não é buscar uma resposta impossível de ser concretizada e aplicada a todos.

Ao longo dos anos, muitas pesquisas foram feitas em diversos campos de conhecimento para analisar o comportamento dos consumidores. Mesmo que nenhuma delas seja perfeita em sua conclusão, a soma de seus conhecimentos permitiu às marcas exercitar diversas fórmulas para interagir com os consumidores e vender mais.

Por fim, não podemos deixar de lado os efeitos da globalização e da democratização da internet para as mudanças na forma de consumir. Conectados, temos a oportunidade de conhecer novas culturas, tendências, produtos e comportamentos. Em muitos casos, essa troca de conhecimentos desperta a vontade de novas experiências, muitas vezes, envolvendo o consumo de produtos ou serviços.

As redes sociais também possuem sua parcela de influência ao trazer as pessoas para um ambiente interativo, no qual as marcas também estão inseridas. As novas formas de publicidade digital (principalmente as que envolvem o uso de dados e hipersegmentação) permitiram que as marcas tecessem discursos bem próximos e eficazes com os consumidores.

Em resumo, podemos concluir que a soma de 3 fatores é fundamental para explicar a evolução do consumo:

  • O contexto histórico e o fortalecimento do capitalismo no mundo ocidental;
  • A readequação do papel social da empresas e na forma como elas se posicionam junto ao consumidor;
  • Os inúmeros esforços para compreender as influências sobre as pessoas e como as emoções e informações afetam a decisão de compra.


Somados, eles dão base para compreender porque nos transformamos tanto quando assumimos nosso papel de consumidor. Ainda veremos muitas mudanças, afinal, somos seres em constante mudança e com inúmeras diferenças. Além disso, o papel da tecnologia como facilitador do consumo ainda não encontrou limites, e pode trazer ainda mais alterações.

Contudo, o que se pode concluir é que as empresas precisam manter-se sempre atualizadas e buscando capacitar cada vez mais os colaboradores, para que sejam capazes de captar as mudanças e posicionar a organização da melhor forma possível dentro de cada novo contexto que se apresenta.

 

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