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#EducaçãoDisruptiva

A evolução da educação para o trabalho: quais os benefícios?

Desde a pré-história, há mais de quatro mil anos atrás, ficou claro que nada seria conseguido sem esforços. Para saciar a fome, era preciso caçar. Para cuidar da saúde, coletar ervas. Para qualquer outra demanda do dia a dia, o segredo era apenas um: faça você mesmo


Conforme evoluímos, passamos a nos organizar em sociedade, dividir tarefas e atribuir líderes para controlar o andamento de tudo. Surgiam, ainda que em um momento pré-histórico, as primeiras relações de trabalho, mesmo que sem envolver trocas financeiras ou qualquer tipo de noção sobre os conceitos de trabalho como atividade profissional.


A cada novo passo rumo à construção da civilização que conhecemos hoje, foram feitas novas descobertas, adaptadas para nossa rotina e para o trabalho. E graças à capacidade humana de aprendizado e desenvolvimento do seu intelecto foi possível criar ferramentas, conceitos e trabalhos complexos, a ponto de ser necessário uma nova carga de conhecimentos para executar certas funções e atividades.


Aos poucos, principalmente após a revolução industrial, a educação - restrita e escassa entre a grande maioria - passa a se democratizar, muito pela necessidade de mão de obra qualificada, dando origem à necessidade de educação para o trabalho.


Ao longo do material, veremos que a educação focada para atividades profissionais também sofreu diversas mudanças até chegar ao patamar apresentado hoje.


Dividiremos o conteúdo em 4 etapas:

  1. Evolução da educação para o trabalho ao longo dos anos;
  2. Panorama do Brasil em relação aos conceitos e aplicações da educação profissional;
  3. Novidades e as tendências mais recentes;
  4. Quais os ganhos do mercado com os investimentos em educação para seus colaboradores.
Acompanhe o texto e veja como a educação para o trabalho traz benefícios para o mercado de trabalho e porque é uma área que não para de crescer no país. Boa leitura!


A educação profissional e a evolução do mercado de trabalho


Definir quando se inicia a educação para o trabalho é uma tarefa complexa. Alguns historiadores consideram as antigas mentorias gregas como uma forma de educação profissional. Contudo, a teoria ocidental mais utilizada passa a contar a educação com foco no desenvolvimento profissional a partir das universidades, no século XI, na Europa.


As transformações socioeconômicas ocorridas no continente europeu impulsionaram o surgimento das primeiras escolas profissionais. O fortalecimento da nobreza, da elite comerciária e da Igreja foram fundamentais para dar início à construção das universidades, surgidas com o intuito de preservar e ampliar o conhecimento das elites.


A Universidade de Bolonha (considera a primeira do mundo) e as Universidades de Paris, Oxford e Cambridge são alguns exemplos de instituições de ensino que surgiram até meados dos anos de 1200. Daí em diante, as universidades passam a se espalhar por todo o continente europeu, surgindo muitas vezes da aglomeração de corporações de ofício (antigas organizações de trabalho medievais).


Dando um pequeno salto, vamos focar na Inglaterra, no período da ascensão industrial, no século XVIII. A nação se desenvolveu bastante desde a idade média e encontrou na primeira revolução industrial um de seus apogeus de domínio mundial. A força comercial, política e bélica da Inglaterra fizeram dela uma potência intelectual, desenvolvendo inovações e criando espaços para que as pessoas pudessem aprender o manejo das novas ferramentas. Ou seja, surgia ali a inovação focada na produtividade e o aprimoramento intelectual com foco no trabalho.


Antes mesmo da revolução industrial, os ingleses iniciaram um processo de educação em suas colônias, principalmente nos Estados Unidos, onde surgem universidades como Harvard e Yale.


Nos Estados Unidos, as universidades despontam como centros de inteligência e capacitação profissional municiados com o que há de melhor para transformar o Novo Mundo em uma grande potencial intelectual. O desenvolvimento do capitalismo e o sucesso na transformação da colônia em um grande país fez com que os EUA se tornassem espelho em diversos assuntos. Dentre eles, a educação superior e a preparação para o mercado de trabalho.


O modelo americano foi copiado por dezenas de países, que, incluindo modificações (principalmente no que tangencia o papel do Estado nessas instituições) auxiliaram na popularização da educação e das universidades. É claro que outros povos também foram fundamentais para o desenvolvimento educacional (como é o caso dos Espanhóis na América Latina e dos Portugueses no Brasil). Contudo, muitas de suas teorias são originais dos movimentos ingleses e americanos para promoção da educação focada no trabalho.


As escolas de negócios


Pode-se dizer que a evolução social e das tecnologias foi fundamental para fomentar o crescimento da educação profissional. Conforme novas teorias e técnicas apareceram, os seres humanos precisaram se adaptar. Isso aconteceu em diversas áreas, desde as mais operacionais até as mais estratégicas.


Nesse contexto surgem as escolas de negócios, que pegam carona no desenvolvimento do capitalismo para justificar os anseios pela produtividade e eficiência. A primeira escola de negócios surge na Alemanha em 1730 e sua criação é acompanhada por tantas outras, que se fortalecem por toda Europa ao longo dos séculos 18 e 19. Contudo, sua dinâmica era formação de pessoas para o trabalho, não o aprimoramento de profissionais já com certa bagagem.


A primeira escola de negócios que se aproxima do que existe hoje em dia foi a ESCP, de Paris, criada em 1819. Ela foi a primeira escola de negócios a propor um modelo com diversos campi, estando presente na capital francesa e também Londres, Berlim, Madri e Turim.


A educação para o trabalho no Brasil


Em terras brasileiras, a educação de colaboradores foi mais lenta, muito pelo fato de que o país demorou a se industrializar devido às proibições feitas pela Coroa Portuguesa. O colonialismo fez com que o trabalho e os ensinamentos técnicos chegassem primeiro aos mais pobres, por meio das mãos dos jesuítas. É importante lembrar que a elite brasileira não exercia qualquer atividade a não ser o domínio de terras, a produção rural e de pequenos produtos.

A primeira universidade brasileira foi a escola de medicina da Bahia, criada por decreto de D.João XI em 1808. Um dos primeiros colégios técnicos é o Colégio das Fábricas, de 1809.

Com a grande influência européia, algo intensificado com a vinda da corte para o Brasil, a elite brasileira passa a dar valor à educação e inicia-se uma intensificação no fomento da educação profissional no país.

Somente em 1889 surge o primeiro decreto real para criação de escolas técnicas em solo brasileiro. A partir do Brasil-República, data que também marca o aumento da industrialização no país, começam a surgir mais iniciativas governamentais para criação de Institutos Profissionalizantes, Escolas Técnicas e Universidades.


Tendências do mercado de educação para o trabalho


Depois de acompanhar a evolução da educação para o trabalho, vamos falar agora sobre as principais tendências do mercado.


Não vamos nos ater a fatos meramente técnicos, como educação à distância, mas sim a perspectivas que estão se fortalecendo dentro do universo do aprendizado profissional. Confira!


1. Aprendizado holístico


A segmentação dos conhecimentos se prova um dos grandes desafios para os profissionais. Por exemplo, criamos gestores de processo excelentes, mas que encontram grandes dificuldades em gerir pessoas. Ótimos jornalistas para gerenciar notícias e fontes, mas que não conseguem o mesmo ao exercer funções de chefia estratégica, economistas com forte base de conhecimento mercadológico, mas fraca no conhecimento social, e assim por diante.


Esse tipo de deficiência tem sido um grande gargalo para empresas e profissionais. Por isso, percebe-se um grande movimento de universidades e escolas de negócios para fomentar conhecimentos de forma holística, alinhando não apenas os conceitos que são o “core business”.

Esses lugares dão atenção também para conhecimentos adjacentes e que complementam a capacidade do profissional. Isso faz com que ele compreenda sua atuação e impacto dela em todo o negócio.


2. Coletividade de conhecimentos


O modelo de conhecimento individual está dando lugar ao saber coletivo, no qual profissionais prezam pelo compartilhamento de informações, pela junção de esforços e mentes em prol do aprimoramento.


Esse tipo de filosofia se torna mais presente em escolas de negócios nas quais alunos trabalham em empresas concorrentes. Deixa-se de lado as adversidades do mercado de trabalho para dar ênfase na melhoria profissional e o enriquecimento dos conhecimentos dentro de sala de aula. Lá, alunos e professores trocam experiências e dão origem a uma bagagem coletiva de saberes.


Esse tipo de filosofia também se aplica internamente, quando empresas resolvem investir na educação de seus colaboradores, a união de diversos indivíduos e experiências contribui para surgir uma rede de aprendizado mais consistente.


3. Universalização do conhecimento


Não poderíamos deixar de mencionar a expansão da sala de aula e a transformação da rede mundial de computadores em uma grande plataforma de aprendizado.


O profissional que pretende aprimorar seus conhecimentos não pode deixar de lado as benesses da internet e a possibilidade de obter conhecimento em fontes nacionais e internacionais. Este conceito também vale para a troca de experiências profissionais, abrindo um novo leque de perspectivas.


4. Educação continuada


Empresas e instituições de ensino estão apostando cada vez mais na educação continuada, ou seja, algo como uma formação sem fim. Não se trata de um curso em que o aluno nunca obtém um certificado, mas sim uma filosofia de educação para o trabalho no qual presume-se que sempre é necessário manter o aprimoramento.


Algumas empresas acreditam nesse modelo e delegam às escolas de negócios a formação de seus executivos, gestores e gerentes para que estejam sempre em evolução e se capacitando para subir na hierarquia corporativa.


5. Foco no futuro, mesmo quando ele é incerto


Parece complicado explicar este conceito, porém, vamos tentar dar um pequeno exemplo. Quando o Big Data começa a surgir como uma tendência ainda em evolução, algumas empresas e instituições de ensino correram atrás dos especialistas na área para apresentar esses conceitos aos colaboradores e alunos, mesmo sabendo que muita coisa ainda está por vir neste assunto.


Trata-se de um exercício de futurabilidade, ou seja, tentar compreender o contexto e analisar quais tipos de demandas surgirão no mercado conforme novas tecnologias e conceitos profissionais se solidificam no mercado.


Quais os ganhos empresariais com a educação para o trabalho?


Existem diversas razões para justificar os investimentos em educação profissional, sendo a principal delas aquele motivo pelo qual todo movimento educacional com foco no trabalho surgiu: otimizar os conhecimentos para potencializar a produção.


Empresas com colaboradores capacitados tornam-se mais efetivas e competitivas, sendo capazes de ganhar destaque no mercado de trabalho e sobressair perante os resultados da concorrência.


Por meio da educação, uma organização pode fomentar outras melhorias, como:

 


Por falar nos desafios impostos pelo mercado, não podemos deixar de falar sobre os benefícios de manter os colaboradores antenados com novas técnicas e estratégias. A atualização com novos conteúdos desperta o interesse sobre a movimentação de tendências, e faz com que o aprendizado de novas técnicas também seja facilitado.


Por fim, vamos falar sobre o olhar crítico. Profissionais mais capacitados aprendem a detectar problemas em suas empresas. Em aula, os alunos podem ser provocados a comentar, analisar, discutir com os colegas e propor soluções para dores reais de sua rotina e da empresa.


Esse fator é importantíssimo para o crescimento do profissional e de sua produtividade, principalmente quando ocupa cargos estratégicos que permitem que os conhecimentos absorvidos sejam aplicados a uma equipe ou grupo de colaboradores.


Existem benefícios em diversas dimensões para a esfera corporativa, basta a empresa compreender suas necessidades e buscar instituições capacitadas para trabalhar com seus profissionais. Para aqueles que buscam aprimoramento para a carreira por conta própria, as regras são as mesmas:

  1. Analise as principais demandas do mercado;
  2. Reflita sobre as principais necessidades de sua carreira;
  3. Informe-se sobre conteúdos e cursos que satisfazem suas necessidades;
  4. Pesquise as melhores instituições de ensino;
  5. Dê o máximo de si durante o momento de aprendizagem.


Os ganhos da educação para o trabalho são amplos e aplicáveis para todas as carreiras. É fundamental buscar atualização para sempre manter-se competitivo no mercado ou auxiliar no crescimento da sua carreira e dos resultados colhidos pela empresa.

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